REENCONTRO AP�S 75 ANOS

AFANASIO � Ouvintes, � com muita satisfa��o que n�s temos a comunicar que na se��o Gente Procurando Gente, o Programa Afanasio Jazadji acaba de bater talvez um recorde nacional, ou seja, n�s propiciamos o reencontro de pessoas que n�o se viam h� exatamente 75 anos, algo in�dito na radiodifus�o brasileira. E, n�s estamos recebendo aqui v�rias pessoas e eu gostaria de come�ar falando com o senhor DELFINO GARCIA: Delfino Garcia � um funcion�rio p�blico municipal, � do Servi�o Funer�rio aqui de S�o Paulo, e ele esteve aqui na portaria da emissora h� algum tempo atr�s pedindo que fiz�ssemos um apelo pedindo que irradi�ssemos uma solicita��o da senhora sua m�e, dona ANA MARCELA que mora na Vila R� aqui na capital, zona leste da capital. Dona ANA MARCELA que n�o tinha not�cias de uma irm� h� 60 anos, dona ON�RIA MARIA DA TRINDADE: � isso a� � Delfino.

DELFINO � Corretamente s�o Afanasio, � isso da�. E ah, eu vim aqui na portaria e pedi pr� que fosse irradiado e gra�as a Deus conseguimos alcan�ar esse �xito.

AFANASIO � Mas depois de 60 anos sua m�e ent�o reencontrou uma irm� que n�o via.

DELFINO � Correto. Depois de 60 anos que ela veio encontrar essa irm� o qual foi maravilhoso.

AFANASIO � Mas quem � que ouviu o programa? Quem � que ouviu o programa e deu essa boa not�cia pr� voc�s, � Delfino?

DELFINO � Bom, quem ouviu o programa nesse momento foi a dona Efig�nia, certo, que � filha da dona On�ria. Ela ouviu o programa e passou para o marido dela, o Manoel, que entrou em contato comigo via fone n� e a� n�is fomos encontr�-la.

AFANASIO � Certo, dona Efig�nia, a senhora ouve normalmente o programa, diariamente o programa...?

EFIG�NIA � Todos os dias.

AFANASIO � Sei, e o que que a senhora sentiu quando escutou que est�vamos procurando dona On�ria Maria da Trindade?

EFIG�NIA � Ah eu senti, eu por mim parece que n�o era certo aquilo parece que eu tava sonhando tava num outro mundo, sei l�.

AFANASIO � Dona On�ria � sua m�e?

EFIG�NIA � Minha m�e.

AFANASIO � E a senhora n�o imaginava que tivesse uma tia?

EFIG�NIA � N�o imaginava.

AFANASIO � N�o imaginava?

EFIG�NIA � N�o imaginava.

AFANASIO � E qual foi o seu procedimento ao ouvir pelo r�dio o que que a senhora fez qual foi a primeira provid�ncia que a senhora tomou?

EFIG�NIA � Ah ela n�o tava em casa a hora que eu ouvi o programa ela n�o tava em casa n�.

AFANASIO � Sei.

EFIG�NIA � A� ent�o eu esperei ela chegar, da� dei a not�cia pr� ela e falei s� que parece que eu t� sonhando, n�o � certo.

AFANASIO � Sei.

EFIG�NIA � E da� � noite n�is fomos ouvir, n�is duas.

AFANASIO � Ah, voc�s ouviram de manh� e foram confirmar no programa da madrugada?

EFIG�NIA � �.

AFANASIO � Ficaram acordados at� de madrugada?

EFIG�NIA � Ficamos acordados at�...

AFANASIO � E a�, quando perceberam que era a dona On�ria mesmo que estava sendo procurada como � que voc�s se sentiram?

EFIG�NIA � Ah, senti, nem sei, nem imagino viu.

AFANASIO � Isso depois de 60 anos ent�o?

EFIG�NIA � Foi.

AFANASIO � Depois de 60 anos.

EFIG�NIA � Foi.

AFANASIO � Mas ouvintes, o importante � o seguinte. Dona On�ria, efetivamente acabou localizando a irm� que n�o via h� 60 anos. S� que ap�s esse feliz encontro, houve um outro reencontro. E eu gostaria que o Delfino mesmo falasse. Um reencontro depois de 75 anos. Quer dizer, n�s j� hav�amos batido esse recorde de 60 anos e acabamos ent�o, junto a essa mesma fam�lia, batendo um novo recorde de 75 anos. Que que aconteceu Delfino?

DELFINO � �, aconteceu uma coisa, � t�o bonita, t�o linda, � maravilhoso de se falar.

AFANASIO � Sim.

DELFINO � Isso tudo gra�a ao vosso programa que � super ouvido, e chegue � casa da minha tia n�, conversando com ela, trouxe ela pr� ver a irm�, a prima-irm� n�, dona On�ria n�, que depois a gente foi fazendo um, conversando, vendo, fazia uma base de 75 anos que elas n�o se viam.

AFANASIO � A dona On�ria n�o via a prima.

DELFINO � Correto.

AFANASIO � Quem � a prima?

DELFINO � A prima � a dona IDALINA BARBOSA.

AFANASIO � Ah, dona Idalina Barbosa.

DELFINO � Dona Idalina Barbosa.

AFANASIO � Bom, elas est�o todas aqui ouvintes. Eu gostaria primeiro de falar com a dona ANA MARCELA: Dona Ana Marcela, tudo bem?

ANA � Tudo bem gra�as a Deus.

AFANASIO � Satisfeita agora?

ANA � Ih demais.

AFANASIO � O seu filho nos procurou, certo, fizemos a transmiss�o, e a senhora acabou localizando a irm� que tanto queria ver, dona On�ria.

ANA � Tanto queria ver que tinha noite que eu perdia at� o sono, de tanto. Depois a gente teve uma emo��o t�o grande que, Ave Maria n�.

AFANASIO � Sei. Dona On�ria, deixa eu falar com a dona On�ria. � dona On�ria, como � que vai dona On�ria, tudo bem?

ON�RIA � Tudo bem, gra�as a Deus.

AFANASIO � Onde � que a senhora andou 60 anos sumida dona On�ria?

ON�RIA � No Paran�, fora.

AFANASIO � Onde � que a senhora mora l� no Paran�? Que lugar?

ON�RIA � Eu morei em diversos lugar, muito lugar.

AFANASIO � Sei, sei. A senhora tem filhos, netos, como � que � a sua vida dona On�ria?

ON�RIA � Ah tinha bastante mas, �, tropicou tudo, n�o sei nem tenho quantos familiares ficaram.

AFANASIO � Certo, certo. Agora o que eu queria saber � o seguinte: Dona On�ria, a senhora tamb�m acabou por via de consequ�ncia vindo ent�o reencontrar uma prima que n�o via h� 75 anos, a dona Idalina, que t� a� do seu lado. � dona Idalina, como vai?

IDALINA � Tudo bem gra�as a Deus.

AFANASIO � A senhora tem quantos anos?

IDALINA � Eu tenho s� 88.

AFANASIO � S� 88?

IDALINA � �, por enquanto n�.

AFANASIO � �, por enquanto, t� certo, que Deus a proteja dona. Dona Idalina, me diga uma, a senhora mora em que lugar?

IDALINA � Eu moro na Estrada de S�o Miguel, numa rua Colibri, numero 3-A.

AFANASIO � 3-A, rua Colibri, na Estrada de S�o Miguel. Certo. E a dona On�ria, est� morando onde atualmente dona On�ria?

ON�RIA � T� morando, Ja�an� agora.

AFANASIO � No Ja�an�. A senhora tem quantos anos dona On�ria?

ON�RIA � 80.

AFANASIO � 80 anos, olha a�, dona Idalina 88, dona On�ria tem 80, e a dona Ana Marcela, mora aonde?

DELFINO � � na rua Guapibiri, no Jardim Popular.

AFANASIO � Ah, no Jardim Popular. Vila R�... P�xa ent�o voc�s at� que n�o moram muito distantes. A senhora, dona Ana Marcela com a dona Idalina moram pr�ximas. Voc�s se davam direitinho, n�o estavam perdidas n�o n�?

ANA � N�o n�o, n�o tava perdida.

AFANASIO � Ah, perfeitamente. Quer dizer ent�o que a dona On�ria que estava mesmo sumida. Dona On�ria que estava desaparecida. Muito bem. E voc�s tr�s, dona Ana, dona On�ria, dona Idalina, voc�s tamb�m acompanham o programa sempre ou n�o?

ANA � Eu acompanho.

AFANASIO � A dona, a dona Ana acompanha. E a dona, e a dona Idalina?

IDALINA � Tamb�m, eu escuto todo dia de manh� eu escuto.

AFANASIO � Ah �? Sei. A senhora escutou quando n�s est�vamos procurando a dona On�ria?

IDALINA � Escutei tamb�m. �, fiquei muito emocionada, fiquei. Fiquei levantei, fiquei andando sem saber o que acontecia. Por qu� que veio me procurar pr� levar onde ela estava n�.

AFANASIO � Depois de 75 anos. E voc�s est�o contentes? 

IDALINA � T�, eu estou.

AFANASIO � T�o contentes n�. T� bom. � dona On�ria, e a senhora, t� contente em rever os parentes depois de tanto tempo?

ON�RIA � T� contente que nem acredito n� 

AFANASIO � � n�, n�o acredita n�. Ok. � Delfino... Ah pois n�o. � Delfino valeu a pena n� Delfino?

DELFINO � Valeu. Valeu mais...

AFANASIO � Valeu a pena depois de tanto tempo n�?

DELFINO � Corretamente Afanasio. E a gente, nesse momento, eu quero dizer pr� voc� que a gente est� cheio de emo��o, n�o s� assim uma emo��o pelo fato de encontrar elas que j� � digno de maravilha, mas sim pelo fato de encontrar elas com sa�de, com sa�de n�, perfeitamente com sa�de e, sanidade mental, tudo. Quer dizer eu, a gente t� super contente com tudo isso n�.

AFANASIO � Certo. E olha eu fico muito contente porque olha, veja s� � um recorde que n�s batemos aqui no programa. E quero crer que seja um recorde nacional, sei l�, talvez seja at� muita pretens�o dizer que � um recorde mundial. Mas isso, a gente que trabalha em r�dio, a gente fica muito contente, porque � o tipo de trabalho que s� mesmo o r�dio pode propiciar. S� mesmo o r�dio � que pode prestar esse tipo de servi�o � comunidade. E n�s ficamos muito satisfeitos por ter ocorrido esse reencontro de 60 anos e depois de 75 anos justamente aqui no nosso programa. Certo?

IDALINA � E n�is tamb�m fica muito contente de voc�s fazerem isso pr� gente tamb�m n�.

AFANASIO � Ah, pois n�o dona Idalina. Muito obrigado viu. Muito obrigado. Olha eu desejo muita sa�de pr� voc�s, certo. Que agora voc�s n�o se, n�o se, n�o se distanciem mais tamb�m n�o �. As tr�s amigas a� n�o �, de 80 anos, 88, a dona Ana tem quantos anos?

DELFINO � 78.

AFANASIO � A dona Ana tem 78. Ent�o 78, 80 e 80 anos, 88 anos, n�o �. Ent�o que voc�s sejam muito felizes viu, e n�s estamos sempre aqui �s ordens, sempre � disposi��o. Uma vez mais o r�dio prestou servi�o, ajudando a encurtar distancias e a aproximar pessoas. Mais alguma coisa pode falar, pode ficar � vontade.

DELFINO � �, Afanasio, eu queria que aproveitar aqui a oportunidade, al�m de agradecer a voc�s, e, a voc� e a toda a sua produ��o o pessoal todo n�. A gente qu� agradecer de cora��o e dizer que Deus aben�oe. Deu d� muita sa�de pr� voc�s. E voc�s continuem sempre assim, porque o que n�s precisamos � de gente que trabalhe para o povo e lute junto ao povo. Inclusive quero aqui nesse momento aproveitar esse ensejo, �, lan�ar o meu apoio � sua candidatura que, parece que voc� vai ser candidato a deputado n�.

AFANASIO � Ok, Ok, muito obrigado viu. Muito obrigado.

DELFINO � E pedir a dona Efig�nia queria falar uma coisinha.

AFANASIO � Pois n�o, pois n�o. Pode falar dona Efig�nia.

EFIG�NIA � Ah, que queria ver se eu conseguia encontrar meu irm�o tamb�m.

AFANASIO � Ah, est� sumido o seu irm�o. Como � o nome dele?

EFIG�NIA � Manoel Luis da Silva.

AFANASIO � E qual � a idade dele? Mais ou menos... A senhora n�o sabe. E ele est� sumido h� quanto tempo seu irm�o dona Efig�nia?

EFIG�NIA � H� uns vinte anos n�.

AFANASIO � H� uns vinte anos. A �ltima vez ele estava onde hein? Em que lugar, em que cidade...

EFIG�NIA � �, no Paran�...

AFANASIO � No Paran� tamb�m, certo. O nome dele como � que �? Repete outra vez, faz favor.

EFIG�NIA � Manoel Luis da Silva.

AFANASIO � Ele era solteiro, casado.

EFIG�NIA � Casado.

AFANASIO � E o nome da mulher dele? A senhora n�o lembra.

EFIG�NIA � Ah, quando n�s separamos ele tava separado da mulher n�.

AFANASIO � Certo, certo, mas ele tem filhos? O nome dos filhos. Como � que seria os nomes dos filhos.

EFIG�NIA � Ah o nome dos filhos dele nem lembro mais o nome deles, n�o.

AFANASIO � Certo. Bom, qualquer informa��o do seu irm�o, quer dizer, pode entrar em contato com a gente aqui na r�dio tamb�m, e vamos torcer pr� que ele tamb�m apare�a. T� bom? Ent�o a fam�lia depois de tanto tempo n�o �, uma fam�lia unida uma fam�lia bonita, n�o �? E a gente deseja que voc�s sejam muito felizes, t� bom? Ok. Ouvintes, vamos encerrando. Quero crer que tenha sido sim, um recorde nacional, um recorde nacional, coisa que s� mesmo o r�dio pode fazer. Televis�o n�o faz, ah, jornais n�o fazem isso, revistas muito menos. Ent�o, eu agrade�o uma vez mais a acolhida de voc�s ouvintes, a credibilidade, a audi�ncia, e est� aqui, temos aqui os nomes, endere�os, idades, tudo, para confronto, para checagens, porque a n�s, a n�s como profissionais � muito gratificante isso, e quero crer que pr� essa fam�lia que sai daqui emocionada � muito melhor ainda, sabendo que pode contar, pode contar sempre a toda hora com seu amigo, com seu amigo �r�dio�.